Há uma velha sabedoria popular que diz que não existe melhor maneira de investir seu tempo e dinheiro do que numa viagem, nem que seja só mental.
Entre um carro novo e uma nova aventura, a segunda opção é melhor porque é a que vai estar em cartaz naquele famoso filminho que passa na nossa cabeça quando a gente está prestes a morrer. Experiências são melhor investimento que coisas.
Agora, essa sabedoria popular, mais bonita na teoria que na prática, foi cientificamente comprovada - com 57% dos pesquisados optando por experiências. Até aí, pouca novidade. A lista de motivos para justificar essa escolha é que vale um minuto do seu tempo: argumentos racionais para justificar ímpetos - não é o máximo?
Então, prepare-se para passar reto pelas vitrines do shopping e "experienciar":
- Experiências melhoram com o tempo. São reinterpretadas e ganham novos significados a medida que você vai envelhecendo. Coisas, pioram com o tempo.
- Experiências duram mais. Ficam para sempre na sua memória e podem ser revividas. Coisas, acabam.
- Experiências escapam de comparações cruéis porque são únicas. Coisas (principalmente as do vizinho), são comparáveis e invejáveis.
- Experiências, também por serem únicas, demandam uma adaptabilidade maior (passar um mês numa tribo de índios). Coisas, são compatíveis na essência, para facilitar seu consumo e "esvaziam" mais rápido, perdem o encanto (aliás, tem coisas que perdem o encanto na hora seguinte à compra, é irritante).
- Experiências tendem a ser mais sociais, parte fundamental de qualquer teoria de felicidade, autoestima, etc.
- Experiências podem ser compartilhadas, sem que que o dono deixe de possuí-las. Pelo contrário: todos os envolvidos ficam mais ricos, o valor da experiência aumenta.
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* daí, já pensou no seu presente de Natal? naquele que a gente oferece a si mesmo? taí uma boa sugestão. ** mais um texto sugadinho (suavemente e de canudinho) do Wagner Brenner (só o neologismo do título e no corpo do texto é coisa minha).
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