domingo, 23 de janeiro de 2011

Feminina II



Sou a que renuncia  
Altamente:  
Sem tristeza da minha renúncia!  
Sem orgulho da minha renúncia!  
Abro a minha alma nas minhas mãos  
E abro as minhas mãos sobre o infinito.  
E não deixo ficar de mim  
Nem esse último gesto!

...

Corações, por que chorais? 
Preparai meu arremesso
para as algas e os corais.

...



* sobre o poema XXV, in Cânticos, 1962 + trecho de Ninguém me venha dar vida, in Poemas, 1947. Tudo, Cecília Meireles.

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