"A Origem do Mundo", 1866, tela do francês Gustave Coubert, que permaneceu por anos escondida atrás de outro quadro, entre muitos, na galeria de um colecionador turco. Em meados de 1900, foi comprada pelo célebre psicanalista francês Jacques Lacan. Após a sua morte, a família doou-o ao Museu d'Orsay, onde permance até os dias atuais.
Impressiona que, após tantas revoluções em nome da sua sexualidade, a humanidade ainda sinta-se perturbada ao olhar para este quadro. Em muitos dos locais de onde busquei a imagem - sites educacionais, que tratam de arte - foi solicitado que se colocasse filtros de proteção sobre a tela, para não "chocar" os passantes. Uff!
Aqui, fica assim mesmo. Um presente. Do tipo que não se espera. Do tipo que surpreende e emociona.
Gosto imenso deste quadro (aviso: minha formação cristã é defeituosa!). Do nome, especialmente. E também do seu significado estético: um manifesto contra o academicismo e contra a falsidade na arte e na sociedade - a libertação definitiva do artista de todos os estereotipos!
Invejinha de Coubert... fico imaginando a sensação de pintar um a um estes pelos - como deve ter se divertido o bastard arrogant!
"O pudor e a beleza não caminham lado a lado e jamais os vereis passar de mão dadas pelos caminhos da Terra." Goethe
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